quinta-feira, 5 de maio de 2011

Canto ao rei da morte


'Me deparei com uma cena ridícula, não era eu e nem as pessoas, era o ocorrido. Muitas vezes pensei sobre a morte como simplesmente um ponto final para esse mundo e o começo para o outro. Agora começo a pensar como um humano que viu a morte como comércio, como piada, como tristeza. Um rei acaba de morrer, sozinho, depois do fim de seu reinados seus súditos mais pútridos foram o servir e ainda não o serviram com o necessário. Hoje o rei morreu, não houve um enterro de rei, apenas uma cerimônia para alguns nobres e a classe dos servos, hoje caríssimos, perdemos a peça mais importante do xadrez, se a vida fosse jogo. Perdemos mais que um rei, nos perdemos. E então caros, até quando perderemos sem dar valor? Vejo várias pessoas ouvindo um discurso, que em breve será esquecido, vejo que nosso rei morreu em vão e se para algum de vocês que ouvem essa infinidade de palavras, ele não morreu, continuem a ser nobres e um dia algum de vocês subirá e contará sobre um rei e toda sua vida. Perdemos um Rei meus caros, mas aprendemos com ele o sentido real de viver.'

(II Trovador)

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