quarta-feira, 28 de novembro de 2012



De repente, o de repente chega. Tão de repente que te derruba.
Uma amizade, um amor, uma saudade, medo, ansiedade ou apenas uma vontade de querer estar perto.
Começou há uns sete anos atrás e sete anos, não são sete dias, nem sete minutos.
Incrível como a vida me fez conhecer você da mais estranha forma possível. Sinceramente, nunca achei que algumas conversas da época do fake fossem durar até os dias de hoje. Não mesmo. Na época, a sua importância era muito grande pra mim, depois por causa de umas discussões passamos a nos falar cada vez menos, mas você nunca me abandonou, nem quando tudo tava difícil pra você. Depois que tudo voltou ao normal, cada vez que você me chamava pra ir pra Cabo Frio, mais eu queria falar: sim, eu vou. Mas não, nunca dava. Talvez não era pra eu ir mesmo, vai saber. Talvez não seja pra gente se ver hoje, amanhã ou depois, não importa. Aliás, no fundo importa sim, porque essa vontade de te encontrar aumenta cada dia mais, mas eu vou tentando superar isso.
Confesso que tenho achado o que tem acontecido e o que tenho sentido muito estranho. Em sete anos nunca aconteceu nada e, de repente, conversar com você se tornou algo tão necessário, tão comum, que nos dias em que não nos falamos tenho a sensação de que está faltando algo. E é aí que tenho certeza que tudo depende dá importância que a gente dá mesmo e pode ter certeza que essa importância aqui dentro só tem crescido, mesmo que eu não demonstre muito, mesmo que eu fique chateada com você por motivos que não deverão vir ao caso agora.
Espero que o de repente venha e faça algumas mudanças, nas coisas importantes ou nas coisas bobas. Até mesmo nos mais simples detalhes, trazendo efeitos colaterais, como a saudade e a falta. Que, de repente, você me encontre em Cabo Frio novamente, que você dessa vez venha falar comigo e que esse momento seja um ponto de começo e ao mesmo tempo o ponto de partida. Será uma porção de ansiedade misturada com saudade e vontade de te ver.
Com sol ou sem sol, com dor ou sem dor, sonhando ou morrendo nos sonhos. Não importa quanto tempo dure o momento, só quero que ele aconteça e que se torne inesquecível. Que o de repente chegue e tão de repente se vá, assim como foram em várias de nossas conversas. Que deixe somente uma marca, de de repente voltar e virar tudo de novo.
Não vou falar que te amo, porque né, você já se acha demais, mas o que eu sinto é bem perto disso.