terça-feira, 2 de agosto de 2011

Solidão

Estou só, nesta tarde vazia de Minas Gerais, vejo os prédios tocarem o céu. No meu quintal, me vejo entre folhas secas de árvores espalhadas pelo chão, o vento lá fora tem cheiro de lágrima e saudade. Não consigo enxergar nada mais que possa, realmente, fazer algum sentido. O vento me trás novas folhas, são com elas que farei minha nova asa. Existe uma poesia na minha mente, uma poesia que fala de um amor impossível, uma poesia borrada de lágrimas. Chego à janela, sinto novamente o vento cortar meu rosto, vejo toda cidade onde muitos trabalham, compram coisas desnecessárias e nem sabem que eu existo. Carros que vem e vão, luzes que começam a iluminar a cidade, mas ainda não é natal. Nas minhas pequenas asas formadas por essas folhas, vejo nosso nome junto, mas talvez seja apenas mais um dos meus belos sonhos. Vou me jogar no vazio, o asfalto frio quer me beijar, minha vida se passa em um segundo, já que não tenho nada pra lembrar. Ouço vozes, não sinto meu coração batendo mais, o céu cinza deu lugar a um branco como a neve, mas não sinto mais frio, consegui sonhar, mas não posso acordar, parece que estou no céu e o anjo com asas de de folhas de árvores voltou para seu velho mundo.

(Srta. F.M.S.)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

'Venha quando quiser, tem espaço na casa e no coração.'

(Caio Fernando Abreu)