quinta-feira, 28 de julho de 2011

Circus


'Será mesmo que era pra ser desse jeito? A história aconteceu de uma forma muito estranha, não só a história da humanidade, a minha história foi a reprodução de tudo o que o mundo já passou, uma comédia muito sem graça. E que, diga-se de passagem, tem um protagonista sensacionalmente estúpido, uma imagem da perfeição humana escrita em preconceitos e discriminações. Não dá pra acreditar que tudo o que eu vivi e o que eu tive como intenção foi em vão. Eu ainda não morri pra ver se tudo o que eu fiz teve alguma consequência boa pra alguém. Eu me sinto super bem em saber que algumas coisas já aconteceram, mas eu ficaria muito frustrado, se eu levasse em consideração que eu vivo chorando para que as coisas deem certo. A felicidade não é mais o meu foco, agora eu quero lutar pela não diferença de classes. No dia que eu parar de chorar por vocês, eu vou começar a chorar por mim, porque por mais que não pareça que todo o 'Circo da Vida de Thales' seja uma coisa muito simples e brasileira, tudo isso não passa de um espetáculo francês, dirigido por um britânico. Nesse momento é que vocês perdem a noção de entendimento, por não saberem do que eu falo, vocês nunca vão entender. Questionar a existência é simples demais, difícil é viver sabendo que ela foi complexada pela existência de pessoas que só pensam em si. Não adianta aplaudir o discurso de Che Guevara, sendo que você vai acabar o seu dia sentado na frente da tv, se entupindo de made in USA. Não era pra ser assim, não nesse planeta.'

(II Trovador)

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